A poesia que escrevo agora
Infelizmente, devo dizer,
Não vem de dentro pra fora
E, minha amada, não é pra você
Não é, pois não falo de amor
Meu bem, estas quadras não são
Compostas com todo fervor
Que existe em meu coração
Não é, pois não falo em paixão
Meu bem, me entenda, é favor
Compreenda, não faço menção
Que por ti tenho grande amor
Não digo eu nessa poesia
Que você é minha vida
Nem digo que não viveria
Se você se fosse em partida
Não digo que te amo tanto
Que não há mágoa ou pecado
Que diminua, portanto
O’amor a você dedicado
Não digo, repito, não digo
Que seus belos olhos amenos
Num olhar doce e amigo
Me envolve em carinho sereno
Não digo – a poesia não fala
Que o meu coração é só seu
Que agora ele se cala
Mas no seu já se perdeu
Não digo a verdade, que é
Você a mais bela menina
Entre as outras, tenha fé
É bela como pedra fina
Não digo que toda você
Cabelos, olhos, coração
Fascina todo o meu ser,
Que inflama de amor e paixão
Não digo aqui nada disso
E nem pretendo dizer
E, sabe, eu não farei isso
Porque todo mundo no mundo
O milionário e o “vagabundo”
De Teixeira a Passo Fundo
(E principalmente você)
Estão cansados de saber
Abril de 2009