Imagem: Leonardo da Vinci (claro!).
De quantos nadas fui feito?
Quantos vazios empilhados para erguer as paredes
De mim?
De quantas inércias viera
minh’alma?
E que brisa suave de
tornado veio me encher a vida
De um nulo pensar?
De que frutos pecos vieram
as minhas vitaminas?
De que odores surgiram a
minha respiração?
De que mundo veio meu
mundo?
De que pedra esculpiu-se
O meu coração?
Fernando Lago – Outubro de 2012