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Antes de sermos um
Cada um de nós dois
Éramos tantos
Espalhados no universo
Partículas de nada
Que no nada e do nada
Surgiam e ressurgiam
Como explosões intergalácticas
Metade de nós
Foi achada num buraco
negro
E a outra metade
Traz um pouco da luz
De todas as estrelas do
universo
E de outros universos
Em outras dimensões
E de outras
ridicularidades cósmico-siderais
Então
Nos juntamos
Nos jantamos e explodimos
Sem grandes consequências
universais
Gerando apenas dois novos
corpos
Que já não eram celestes
(Fernando
Lago, Julho de 2012)
