Não estou alegre
Nem triste
Nem poeta
Sou um turbilhão de
raciocínios ocos
Sequer penso em você, que
era meu tudo
(Exceto agora, para
mencioná-la)
E apenas ondas cerebrais
passeiam o meu crânio
Porque neste momento, nada
importa
Nem eu
Esqueço-me de tudo e de
mim
E só a minha cabeça é que
funciona
Com pensamentos puros e
impuros
Com imprecisão da arma de
um soldado
Que errante descarrega sua
metranca
Por que este estado me
acampa
Como se fosse um viajante
insano
Que deixa sua bagunça onde
para?
Quem sabe seja mais que
acampado
Quem sabe minha cabeça é
sua morada
E quando ele aqui
reaparece
Só reivindica a terra que
é sua
Como índio americano que
exige
Um pouco do tanto que era
seu.
Fernando Lago – 03 de Maio de 2012
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