4 de maio de 2012

Lógus




Não estou alegre
Nem triste
Nem poeta
Sou um turbilhão de raciocínios ocos
Sequer penso em você, que era meu tudo
(Exceto agora, para mencioná-la)
E apenas ondas cerebrais passeiam o meu crânio

Porque neste momento, nada importa
Nem eu
Esqueço-me de tudo e de mim
E só a minha cabeça é que funciona
Com pensamentos puros e impuros
Com imprecisão da arma de um soldado
Que errante descarrega sua metranca

Por que este estado me acampa
Como se fosse um viajante insano
Que deixa sua bagunça onde para?
Quem sabe seja mais que acampado
Quem sabe minha cabeça é sua morada
E quando ele aqui reaparece
Só reivindica a terra que é sua
Como índio americano que exige
Um pouco do tanto que era seu.

Fernando Lago – 03 de Maio de 2012

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