Tudo o que eu penso já foi pensado
Tudo o que eu faço está errado
Pensei que a vida caminhasse assim
Sem fim
Mas vejo que o fim está mesmo aqui
Em mim
Desando a andar dizendo asneiras
Neste mundo cheio de peneiras
Nada de mim passa
Exceto essa solidão esporádica
Grudada intocável nos meus poros
O sofrimento não existe
Tudo não passa de ilusão
Tortura de um DOPS sentimental
Todos temendo o fim que está em mim
Impiedosos como os carrascos da inquisição
Todos me querem por perto
Exceto
Os que estão certos
Os que escaparam à hipnose da minha mediocridade
Expulsam-me da vida, mas não me deixam à morte
Sorte
Pensam que sou forte
Corte
Trago no meu bolso todos os covis do mundo
Que me injetam o veneno da solidão intragável
Está por todo o meu corpo
E não será removido
Deito no banco infinito da pequena praça
E com os olhos cheio de nada
Saúdo efusivamente a lua e as estrelas
Minha companhia na madrugada
Dezembro de 2010
Nossa.. Quase me afoguei em tanto sentimento, em tanto coração nessas tão implícitas palavras.
ResponderExcluir"Trago no meu bolso todos os covis do mundo que me injetam o veneno da solidão intragável"
Nando...
ResponderExcluirVc tem as vezes a sensação de que o mundo todo está certo e só vc errado?
Ontem, qdo vi acabar outra história em que acreditei, acabar... fui chamada de "melosa - dramática-" e pensei: Meu Deus quando o mundo ficou tão racional?
Eu quero morrer assim, intensa, pecando pelo excesso, odeio faltas.
Amo-te Nando!
beijos