26 de junho de 2010

QUANDO NADA DIZ COISA NENHUMA A NINGUÉM

Na nítida expressão do seu olhar

Não vejo mais que desprezo

E em teus dentes brancos

O debochado riso debochante

Diz-me que eu sou nada


Mais nada dizer do nada

Se não que ele é nada

Há frases que dizem isso

E outras que dizem mais

Mas nada servem ao nada


E este nada

(ninguém, coisa nenhuma)

Ser mitologicamente real

Desfaz-se do mitológico

E passa a ser só real

Um nada pluri-real

Visto e não enxergado

De uma voz que não se escuta

Mas incomoda os ouvidos da surdidão


Nunca vi nada causar tanto alvoroço!


23 de Outubro de 2009

Um comentário:

  1. "Os fantasmas do Lago" parece nome de filme de terror.Que escuridão.Mas tudo haver com o logotipo do blog.

    "Quando nada diz alguma coisa nenhuma a ninguém", entendi tudo.rs

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