"Os meus fantasmas tornaram minha solidão em vício. E minha solução em Status Quo..."
23 de dezembro de 2010
Fantasma Importado*
15 de dezembro de 2010
Mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
4 de dezembro de 2010
Contudo
Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me agüente comigo e com os comigos de mim.
Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa)
24 de novembro de 2010
O Silêncio
16 de novembro de 2010
Inexplicação
11 de novembro de 2010
Um tiquinho de Márquez
19 de outubro de 2010
Estréia
2 de outubro de 2010
Confissão de Carência
19 de setembro de 2010
Cíclico
14 de setembro de 2010
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24 de agosto de 2010
Nada
12 de agosto de 2010
O artista que sonhei
6 de agosto de 2010
Os passos da angústia
Imagem: http://migre.me/12HVa (Google Images)
Sonhar o sonho impossível,
Sofrer a angústia implacável,
Pisar onde os bravos não ousam,
Reparar o mal irreparável,
Amar um amor casto à distância,
Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.
30 de julho de 2010
O grande Tema
22 de julho de 2010
Diálogo
16 de julho de 2010
Brevíssimas
9 de julho de 2010
Que faço eu?
3 de julho de 2010
Um Fantasma com Machado
30 de junho de 2010
18 de Dezembro
Dezembro de 2007
28 de junho de 2010
Palavra...
26 de junho de 2010
Este meu medo
Este meu medo criado em cativeiro é que me faz cativo. Medo de um bocado de coisas que não se revelam... invisíveis. Ou não se revelam ou são compostas de cores específicas, para as quais eu possuo um raro daltonismo e não consigo enxergar. Talvez seja este o segredo do poder de invisibilidade dos meus fantasmas, criaturas extraordinariamente loucas. É... talvez seja isso. O universo dos amores é uma coisa complicada... Formato complicado, iluminação complicada. Ou enxergamos tudo ou enxergamos nada. Ou às vezes pensamos estar enxergando tudo e, ao cabo de algum tempo ou tempo nenhum, desabam-se os castelos... É o que mais me assusta nesta coisa toda. Porque parece que a história de minha vida é um ciclo. Sempre a mesma coisa, sempre os mesmos erros, sempre as mesmas características, sempre a mesma novela... Só mudam os personagens. E a organização das cenas... Síndrome da Malhação.
Junho de 2010
QUANDO NADA DIZ COISA NENHUMA A NINGUÉM
Na nítida expressão do seu olhar
Não vejo mais que desprezo
E em teus dentes brancos
O debochado riso debochante
Diz-me que eu sou nada
Mais nada dizer do nada
Se não que ele é nada
Há frases que dizem isso
E outras que dizem mais
Mas nada servem ao nada
E este nada
(ninguém, coisa nenhuma)
Ser mitologicamente real
Desfaz-se do mitológico
E passa a ser só real
Um nada pluri-real
Visto e não enxergado
De uma voz que não se escuta
Mas incomoda os ouvidos da surdidão
Nunca vi nada causar tanto alvoroço!
23 de Outubro de 2009
24 de junho de 2010
Enxurrada de declarações, indagações, enrolações...
De que me vale pensar que tudo podia ser assim ou assado?
Agora já estou aprisionado
Quem virá me libertar?
De que me vale acreditar em mundo e reinos encantados
Me parece mesmo tudo acabado
O melhor mesmo é me resignar
Que se dane a métrica!
Sai daqui com teus modelos!
Rimo quando quero e se quero
Ao menos aqui eu quero ser livre.
Quanto à vida
Ah, vida!
Liberdade é um sonho!
Anistia, anistia!
Eu imploro anistia!
Não se atreva a negar
Quero me anistiar
Quero mesmo me exilar
De bagagem ir morar
Neste mundo da poesia
14 de Junho de 2006
23 de junho de 2010
Avant Premiére
http://letras.terra.com.br/raul-seixas/68420/